Brasil registra superávit comercial de US $ 4,5 bilhões em maio, queda de 11% em relação ao ano

O Brasil registrou um superávit comercial de US $ 4,5 bilhões em maio, mostraram dados oficiais na segunda-feira, com as exportações caindo mais acentuadamente do que as importações, arrastando o superávit acumulado nos primeiros cinco meses do ano para baixo em relação a 2019.

O superávit comercial de maio, um pouco abaixo dos US $ 4,74 bilhões previstos em uma pesquisa da Reuters com economistas, caiu 11,1% em relação ao mesmo mês do ano passado e o menor superávit de maio registrado em cinco anos.

As exportações totalizaram US $ 17,9 bilhões no mês e as importações foram de US $ 13,4 bilhões, queda de 4,2% e 1,6%, respectivamente, disse o Ministério da Economia. O fluxo total do comércio transfronteiriço em maio caiu 3% em relação a um ano atrás, refletindo o impacto da crise do coronavírus.

O comércio foi um empecilho para o crescimento econômico brasileiro nos últimos anos, e os números acumulados para o período de janeiro a maio sugerem que esse continua sendo o caso.

O superávit comercial nos primeiros cinco meses, US $ 16,3 bilhões, foi 17,9% menor que o mesmo período do ano passado, informou o Ministério da Economia, com as importações caindo de 0,6% para US $ 68,9 bilhões, mas as exportações caindo de 4,5% para US $ 85,3 bilhões.

A fraqueza relativa das exportações ocorreu apesar de uma depreciação significativa na taxa de câmbio do real. A moeda do Brasil atingiu um nível recorde próximo a 6,00 por dólar em maio, marcando uma queda de até 30% em relação a maio do ano passado.

Apesar do superávit, uma queda de 11% é muito expressiva, mesmo considerando a atual crise. Se a análise da JP Morgan se confirmar, cenário no qual o país veria uma contração de 7% no PIB, devemos ter uma queda ainda maior até o final de 2020.