Estádio do Maracanã aproveitado para servir como hospital de coronavírus

O complexo esportivo brasileiro do Maracanã no Rio de Janeiro, que inclui o mundialmente famoso estádio de futebol, se tornará um hospital temporário para ajudar a combater o coronavírus, disseram autoridades estaduais na quinta-feira.

Como os casos de coronavírus se espalharam no Brasil, atingindo mais de 2.900 na quinta-feira, as autoridades estaduais buscaram locais esportivos para uso como hospitais temporários.

Setenta e sete pessoas morreram da doença, embora o presidente de direita Jair Bolsonaro tenha subestimado repetidamente a gravidade da doença, comparando-a a uma “pequena gripe”.

No nível estadual, os governadores vêm implementando bloqueios e tentando expandir as instalações médicas, mesmo quando Bolsonaro os critica duramente pelo que ele descreveu como uma desaceleração desnecessária da maior economia da América Latina.

O Maracanã se juntará ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, e ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, quando forem convertidos em unidades de saúde temporárias. A federação de futebol do Brasil suspendeu a atual temporada do torneio nacional do país devido ao surto.

O estádio do Rio realizou a final da Copa do Mundo da FIFA 2014, bem como as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016. Foi inaugurado para a Copa do Mundo da FIFA de 1950 e está entre os maiores e mais conhecidos locais de futebol do mundo.As autoridades do Rio de Janeiro disseram que ainda não haviam decidido quantos leitos o Maracanã acomodaria. Também não estava claro se o hospital temporário seria construído no próprio campo de futebol ou em outro local do complexo esportivo, que também abriga um estádio de atletismo e um parque aquático.

No geral, o estado do Rio de Janeiro, o segundo mais populoso do Brasil, espera construir seis hospitais temporários.

(O Ministério da Saúde do Brasil corrigiu o número de mortos para 77, de 78 no terceiro parágrafo)