Perfil de risco da Argentina melhora, mas peso abre em novo nível mais baixo de todos os tempos

O peso da Argentina abriu 0,18% mais fraco, com uma nova baixa histórica de 65,86 por dólar americano na sexta-feira, um dia após o país sul-americano ter apresentado uma tão esperada proposta de reestruturação da dívida soberana.

Alguns analistas de Wall Street ficaram indignados com a falta de detalhes oferecidos no plano, com mais detalhes da oferta sendo anunciados pelo governo ainda nesta sexta-feira.

O ministro da Economia, Martin Guzman, definiu o marco da renovação dos títulos na quinta-feira. Ele propôs um total de US $ 41,5 bilhões em alívio da dívida, principalmente na forma de juros reduzidos, à medida que o país enfrenta uma recessão agravada pela pandemia de coronavírus.

“Faltam detalhes cruciais”, disse uma nota da Tellimer Research. “Não sabemos o vencimento, o perfil de pagamento do principal (bala ou amortização e, se estiver amortizando, quando e quanto), ou a programação precisa dos cupons”.

A Capital Economics disse em uma nota que era uma “proposta agressiva” que ajudaria a colocar a carga de dívida da Argentina em um caminho sustentável.

“No entanto, há um risco significativo de que as negociações entre os detentores de títulos e os formuladores de políticas parem, enquanto os custos domésticos do coronavírus continuam a subir”, afirmou.

Recentemente o International Monetary Fund fez uma análise da projeção de crescimento ou retração do PIB e desemprego nos países e, surpreendemente, a Argentina apresentou uma estimativa melhor do que a do Brasil para o último caso.

Ainda é cedo para afirmar com certeza se o país está com o risco de caos econômico reduzido, mas dada a gravidade da crise da pandemia e o resultado estimado, pode ser que vejamos alguma recuperação em um futuro próximo.

a Argentina estar mal é ruim para o Brasil também pelo fato de importarem muito da gente, se não houve mudança por causa da crise, creio que a Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil perdendo pra EUA e China.