A estatal brasileira de petróleo Petrobras PETR4.SA suspendeu sua proibição de comércio com os principais comerciantes de commodities Vitol, Trafigura e Glencore GLEN.L, em vigor desde que promotores brasileiros anunciaram uma investigação de suborno em 2018. “Após um período de suspensão temporária com as empresas citadas, a empresa reiniciou seus negócios após adotar e aperfeiçoar uma série de medidas específicas que visam trazer mais segurança à relação comercial”, disse a Petrobras em nota à Reuters.
Os promotores brasileiros anunciaram no início de dezembro de 2018 que estavam investigando as três principais firmas de comercialização de energia, junto com várias outras menores, por pagarem pelo menos US $ 31 milhões em subornos a funcionários da Petrobras em troca de negócios de petróleo.
Os promotores alegaram que os chefes das empresas estavam totalmente cientes do suposto esquema de suborno.
A Petrobras disse em seu comunicado na noite de segunda-feira que padronizou e melhorou o monitoramento das negociações desde ligações até mensagens, instituiu procedimentos de “Conheça seu cliente” e realizou verificações de integridade de seus comerciantes, entre outras medidas.
Vitol, Glencore e Trafigura não quiseram comentar.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse que a suspensão foi suspensa há cerca de três meses.
Depois que os promotores brasileiros anunciaram sua investigação, o Departamento de Justiça dos EUA abriu sua própria investigação e as autoridades suíças vasculharam os escritórios das firmas de comércio em Genebra em novembro do ano passado, a pedido do Brasil.
Vitol e Trafigura afirmaram repetidamente que têm uma “política de tolerância zero em relação a suborno e corrupção”. Vitol disse que estava cooperando com as autoridades. A Glencore disse anteriormente que leva a ética e a conformidade a sério e está cooperando com as autoridades.
A Trafigura disse que “qualquer sugestão de que a atual administração da Trafigura sabia que seus pagamentos seriam usados para fazer pagamentos indevidos a funcionários da Petrobras não é correta”.