O secretário do Tesouro do Brasil, Rogério Ceron, disse na segunda-feira que quanto mais cedo o afrouxamento monetário começar, mais cedo serão criadas as condições para um 2024 “adequado”, enfatizando que as altas taxas de juros têm impacto no custo da dívida pública.
Em entrevista ao canal de notícias local BM&C News, Ceron disse que quase 90% do mercado prevê que os cortes nas taxas de juros comecem em agosto ou setembro, estimando que “isso deve começar em algum momento”.
Ele enfatizou que um terço da dívida do país está diretamente atrelado à taxa de juros Selic do Banco Central, resultando em um impacto inegável.
“É óbvio que, em política fiscal, queremos que a taxa de juros fique o mais baixa possível o mais rápido possível”, disse ele, observando que a inflação está se aproximando da meta do banco central, o que é crucial e pode permitir que os formuladores de políticas reduzam eventualmente custos de empréstimos.
A pesquisa semanal do banco central com economistas privados na segunda-feira mostrou uma nova rodada de reduções nas expectativas de inflação, com previsão mediana de inflação de 5,06% neste ano, contra meta oficial de 3,25% com banda superior de 4,75%.
Na semana passada, o banco central manteve as taxas de juros inalteradas na alta do ciclo de 13,75%.