A empresa de aluguel de curto prazo, Airbnb, previu uma receita do primeiro trimestre acima das estimativas de Wall Street na terça-feira, pois espera um impulso do forte fluxo de viagens internacionais e reservas de maior duração.
A demanda por viagens internacionais deve permanecer forte este ano, à medida que a conectividade aérea global aumenta e os viajantes se dirigem aos países da Ásia e da América Latina, enquanto a demanda por viagens domésticas se estabiliza na América do Norte.
A empresa sediada em São Francisco espera uma receita entre US$ 2,03 e US$ 2,07 bilhões, em comparação com a estimativa média da LSEG de US$ 2,03 bilhões.
“Garantir que investimos nesses países de expansão onde estamos sub-penetrados, acho que isso vai continuar a impulsionar o crescimento para nós pelo resto do ano”, disse o CFO David Stephenson em uma ligação com analistas.
A empresa, que agora possui mais de 5 milhões de anfitriões e 7,7 milhões de listagens ativas, disse esperar que a taxa de crescimento das noites reservadas no primeiro trimestre se modere em comparação com o quarto trimestre de 2023.
As ações da Airbnb caíram 5% nas negociações estendidas, revertendo o curso após uma alta de 9% após a divulgação dos resultados da empresa. O lucro ajustado por ação do quarto trimestre, excluindo itens fiscais não recorrentes, foi de 76 centavos, acima das estimativas de 62 centavos.
Os viajantes reservaram 98,8 milhões de noites e experiências durante o trimestre encerrado em 31 de dezembro, um aumento de 12% em relação ao ano anterior, com o maior crescimento na Ásia-Pacífico e América Latina. As noites reservadas na China aumentaram quase 90% em relação ao ano anterior.
As tarifas diárias médias, ou o custo por noite, subiram 3%, enquanto as noites reservadas para viagens de longa duração aumentaram 20%. A receita foi de US$ 2,20 bilhões, superior à previsão anterior.
No entanto, a empresa registrou um prejuízo líquido trimestral de US$ 349 milhões, à medida que as obrigações fiscais pendentes na Itália pesaram em seus ganhos.
Em dezembro, a Airbnb anunciou que pagaria US$ 621 milhões à Agência de Receitas da Itália pelos anos fiscais de 2017 a 2021 e alertou que os valores que podem precisar ser pagos para 2022 e 2023 podem ser “significativos”.