As alterações climáticas estão a ter um impacto mensurável na qualidade do ar e, portanto, na saúde humana, o que significa que os dois devem ser abordados em conjunto e não isoladamente, mostrou um relatório divulgado na quarta-feira pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
“As ondas de calor pioram a qualidade do ar, com repercussões na saúde humana, nos ecossistemas, na agricultura e, na verdade, na nossa vida quotidiana”, afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, num comunicado.
“As alterações climáticas e a qualidade do ar não podem ser tratadas separadamente. Andam de mãos dadas e devem ser abordadas em conjunto para quebrar este ciclo vicioso”, acrescentou.
Segundo o relatório, os efeitos da poluição resultante das altas temperaturas são frequentemente ignorados, mas igualmente perniciosos.
Os exemplos citados no relatório incluem o noroeste dos Estados Unidos, onde as ondas de calor provocaram incêndios florestais, bem como ondas de calor acompanhadas por intrusões de poeira do deserto em toda a Europa.
Ambos levaram a uma qualidade do ar perigosa em 2022.
Os estudos de caso brasileiros citados no relatório mostraram como os parques e áreas arborizadas nas cidades podem melhorar a qualidade do ar, absorver dióxido de carbono e reduzir as temperaturas, beneficiando assim os habitantes.