Brasileira Azul lança oferta de troca como parte de plano de reestruturação

A companhia aérea brasileira Azul lançou na terça-feira ofertas de troca com o objetivo de avançar títulos originalmente com vencimento em 2024 e 2026, o mais recente movimento em um plano de reestruturação mais amplo que espera remover um excesso em suas ações.

A troca oferece um total de US$ 1 bilhão e segue um acordo com os arrendadores de aeronaves para dar a eles ações e dívidas negociáveis ​​em troca de pagamentos mais baixos, um acordo que reduz os pagamentos de arrendamento em um total de 5,4 bilhões de reais (US$ 1,11 bilhão) no longo prazo.

A Azul disse em um comunicado de valores mobiliários que procuraria trocar notas de 5,875% com vencimento em 2024 e totalizando US$ 400 milhões por notas de 11,5% recém-emitidas com vencimento em 2029, enquanto US$ 600 milhões em notas de 7,25% com vencimento em 2026 seriam trocadas por notas de 10,875% com vencimento em 2030.

“Os mercados estavam olhando muito para a dívida de curto prazo da Azul, e vamos tirar tudo do nosso caminho”, disse o CEO da Azul, John Rodgerson, à Reuters à luz do anúncio. “Isso vai dar muita pista para a Azul realmente decolar agora.”

Rodgerson reconheceu que os juros pagos nas novas notas seriam maiores por causa do cenário global “complexo” de altas taxas, mas garantiu que a mudança seria benéfica tanto para a empresa quanto para os detentores de títulos, com 100% das notas definidas para serem pagas.

Um grupo responsável por 65,5% das notas de 2024 e 65,8% dos títulos de 2026 já acordados com a oferta de troca, acrescentou a Azul.

“Estamos estruturando tudo isso para resolver todos os problemas de curto prazo que tivemos”, disse Rodgerson, observando que a empresa acredita que essas questões foram um excesso de suas ações e dívidas até agora.

As ações da Azul negociadas no Brasil subiram cerca de 75% até agora este ano, fechando a R$ 19,21 cada na segunda-feira, mas permanecem muito abaixo de suas máximas pré-pandemia, quando eram negociadas acima da marca de R$ 60.

Analistas do Bank of America (NYSE:BAC) recentemente elevaram sua recomendação sobre a Azul para “Neutral” de “Underperform”, citando o câmbio estrangeiro e os preços do petróleo, bem como seu plano de reestruturação.