O varejo americano está no meio de uma transformação pesada: inteligência artificial, visão computacional, machine learning e robótica estão mudando como as lojas funcionam — e quem trabalha nelas.
Cenário atual:
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10% da força de trabalho dos EUA está no varejo.
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65–75% dessas pessoas estão em funções de atendimento direto ao cliente.
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Empregos no varejo caíram de 15,8 mi (2017) para 15,5 mi (2025). Hoje representam só 9,8% do total, o menor nível em 25 anos.
O que já mudou:
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Tarefas repetitivas como limpeza de chão, escaneamento de estoque e escalas de funcionários estão sendo automatizadas.
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Centros de distribuição estão cada vez mais automáticos.
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Chatbots são o primeiro atendimento para boa parte dos clientes.
Grandes redes como Walmart usam IA para automatizar cadeia de suprimentos e aumentar receita sem contratar mais gente. A Kroger otimiza caixas com visão computacional. A Home Depot reinveste a economia da automação em atendimento na linha de frente.
O desafio: tecnologias voltadas para o cliente ainda avançam devagar. Só 20–30% dos clientes da Sam’s Club usam o “Scan and Go”. Interações com robôs humanoides? Só daqui alguns anos — mas inevitáveis, segundo analistas.
Nova tendência: varejistas criando cargos executivos só para IA (ex.: EVP de IA). Produtividade medida por vendas por funcionário vem subindo em empresas como Costco e Warby Parker desde 2021.
Pressão macro: inflação e consumo mais fraco podem acelerar o uso de automação para cortar custos e proteger margens.