Companhia aérea brasileira Azul não está considerando o Capítulo 11, diz CEO

A Azul não está planejando entrar com pedido de proteção contra falência, Capítulo 11, disse o CEO da companhia aérea brasileira à Reuters, contradizendo relatos que fizeram as ações da transportadora despencarem na quinta-feira.

A Bloomberg informou na quarta-feira que a Azul estava considerando opções que vão desde uma oferta de ações até o pedido de concordata nos Estados Unidos para lidar com suas obrigações de dívida.

O relatório foi “mal interpretado”, respondeu a empresa em um processo, já que suas ações listadas no Brasil caíram 24%.

O CEO John Rodgerson disse em uma entrevista que a Azul estava financeiramente saudável e em “negociações amigáveis” com seus parceiros, incluindo arrendadores de aeronaves, devido à desvalorização do real brasileiro.

O real enfraqueceu cerca de 14% em relação ao dólar americano até agora neste ano.

Uma série de companhias aéreas latino-americanas passaram por processos de falência do Capítulo 11 depois que a pandemia da COVID-19 interrompeu as viagens, incluindo a Aeromexico, a LATAM Airlines (NYSE:LTM) e, mais recentemente, a concorrente direta da Azul no Brasil, a Gol.

A Azul disse na quinta-feira que estava em “conversas ativas” com as partes interessadas como parte de um plano previamente anunciado para reformular sua estrutura de capital.

Ela acrescentou que as opções incluíam uma estrutura para usar seu negócio de carga como garantia de até US$ 800 milhões, que já havia sido configurada.

A Azul também poderia aproveitar os links de crédito do banco nacional de desenvolvimento, disse.

Após o arquivamento, as ações da Azul reduziram brevemente suas perdas para cerca de 18%, mas fecharam na quinta-feira com queda de 24%. Elas agora caíram quase 70% até agora neste ano.