A companhia aérea brasileira Voepass decidiu reduzir alguns serviços para nove localidades depois que um de seus aviões caiu e matou 62 pessoas no estado de São Paulo no início deste mês.
A transportadora regional Voepass, a quarta maior companhia aérea do Brasil em participação de mercado, disse em um comunicado enviado à Reuters que a mudança era “necessária”, pois agora tem uma aeronave a menos em sua frota de turboélices ATR.
A Voepass disse que a medida visava “minimizar potenciais atrasos e cancelamentos de voos”. Os voos diários para nove localidades serão interrompidos pelo menos até 26 de outubro, quando a Voepass reavaliará sua rede enquanto planeja a próxima temporada, disse.
A Voepass atendia anteriormente um total de 47 destinos.
A empresa, que tem um acordo de codeshare com a maior transportadora do Brasil, a LATAM, operou o ATR 72-600 que caiu em uma área residencial perto de São Paulo em 9 de agosto, matando todos os 62 passageiros a bordo.
O avião estava indo para o aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo de Cascavel, no estado do Paraná, quando caiu em Vinhedo, cerca de 80 km (50 milhas) a noroeste de São Paulo.
Cascavel é uma das cidades onde os voos diários serão interrompidos a partir de 2 de setembro, junto com São José do Rio Preto e Rio Verde. As operações nas cidades nordestinas de Salvador, Natal e Mossoró serão interrompidas em 26 de agosto, disse a Voepass.
Os voos de e para Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Seguro já foram interrompidos no início deste mês.
A autoridade de aviação civil do Brasil, ANAC, disse na semana passada que intensificaria seu monitoramento da Voepass após o acidente para garantir que os serviços fossem mantidos “em condições adequadas”.