Desmatamento na Amazônia brasileira caiu 64% em novembro

O desmatamento na floresta tropical da Amazônia brasileira (NASDAQ:AMZN) caiu mais da metade em novembro em relação ao ano anterior, mostraram dados do governo na sexta-feira, com a destruição atingindo seu nível mais baixo para o mês em pelo menos oito anos.

De acordo com dados preliminares de satélite da agência de pesquisas espaciais INPE, 201,1 quilômetros quadrados (77,65 milhas quadradas) da maior floresta tropical do mundo foram desmatados no mês passado, uma queda de 63,7% em relação a novembro de 2022.

Os números surgem depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter reiterado, na cimeira climática COP28, este mês, a meta do seu país de acabar com a desflorestação ilegal até 2030, ao mesmo tempo que elogiava o progresso mostrado nos dados do seu primeiro ano de mandato.

Os dados preliminares do INPE mostram que o desmatamento na Amazônia caiu 50,5% nos primeiros 11 meses de 2023, para 4.977 quilômetros quadrados, o menor desde 2018.

Lula apostou sua reputação internacional na redução do desmatamento depois que a destruição da floresta tropical aumentou sob seu antecessor Jair Bolsonaro.

“O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo”, disse Lula à COP28. “Ajustámos os nossos objetivos climáticos, que são agora mais ambiciosos do que os de muitos países desenvolvidos, reduzimos drasticamente a desflorestação na Amazónia e iremos zerá-la até 2030”.

O desmatamento e os incêndios na Amazônia – que agora está na estação chuvosa – geralmente aumentam entre julho e setembro, quando o clima fica mais seco.

Apesar do progresso na preservação da Amazônia este ano, a região enfrentou uma seca recorde, cujos impactos, segundo os cientistas, podem durar até 2026.