“Não vejo mudança na próxima década”, diz diretor sobre BRICS desafiar domínio do dólar.
Em live nesta segunda, Nilton David, diretor de Política Monetária do BC brasileiro, jogou água fria nas esperanças de que os BRICS criem mercados capazes de rivalizar com o dólar em 10 anos. Segundo ele, não há volume suficiente de ativos em moedas do bloco para abalar o “império” americano.
Pontos-chave:
Estoque de ativos BRICS é “insignificante” frente ao dólar;
Ferramentas alternativas (como blockchain) podem aumentar comércio bilateral, mas não substituir o dólar;
Presidência brasileira do BRICS em 2024 prioriza reduzir dependência do dólar, não moeda comum;
BC mantém reservas de US$ 340 bi quase totalmente em dólar;
Real brasileiro é “volátil por natureza” e oscila com ativos de risco.
Contexto: O BRICS (agora com Egito, Etiópia, Irã e outros) virou um “contrapeso” geopolítico ao Ocidente, mas, segundo David, a briga com o dólar é ficção científica – pelo menos até 2034.