💸 Dólar recua de novo antes do Fed; política na França e Japão preocupa

O dólar americano não para de cair. A moeda segue enfraquecida nesta segunda-feira, depois que o fraco relatório de empregos dos EUA de sexta-feira praticamente confirmou a expectativa de um corte de juros do Fed ainda este mês.

O que tá rolando:

  • Dollar Index (que mede o dólar contra uma cesta de moedas): Caiu 0,1%, para 97.590. Na sexta, já tinha despencado 0,5%.

  • EUR/USD: Subiu 0,1%, negociando a 1.1730.

Por que o dólar tá caindo?
Tudo culpa do relatório de emprego de sexta. Os dados vieram tão fracos (desemprego subiu para 4,3%) que o mercado não só passou a esperar um corte de juros na reunião do Fed da semana que vem, como começou a especular um corte de 0,50% (50 pontos-base), não só de 0,25%.

A ferramenta CME FedWatch mostra que o mercado agora precifica uma chance de 10% de um corte de 50bps. Na semana passada, essa chance era zero.

E o Euro?

O euro subiu levemente, ajudado por um dado da produção industrial da Alemanha, que surpreendeu positivamente em julho. Mas a moeda ainda é segura pela turba política na França, que gera incerteza e pode limitar os ganhos.

E agora?

Tudo depende da inflação (CPI) dos EUA que vem por aí. Se vier alta, pode dar um fôlego temporário pro dólar. Se vier baixa, o corte de juros fica ainda mais certo e o dólar pode afundar de vez.

Veredito: O mercado já tá com a faca e o queijo na mão pro corte de juros. Só falta a inflação confirmar a festa (ou estragar tudo).

O Dollar Index fechando um gap de 2022. Alvo seguinte na região dos 97.00. O par EURUSD, por sua vez, precisa superar a resistência de 1.1750 para ter fôlego e mirar 1.18. O dado fraco de jobs foi o catalisador, mas a técnica já apontava essa correção.

O mercado já tá com 90% de chance de corte de 25bps precificado. A grande virada foi o mercado começar a precificar uma chance (ainda que pequena) de 50bps. Isso que derrubou o dólar no final da semana. O Fed não vai querer parecer por trás da curva.

Isso. O Fed não pode ignorar um dado de desemprego em alta. Eles vão agir, mesmo que seja só por precaução. É o famoso “insurance cut”.