O economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, fez um apelo para que o próximo presidente eleito no Brasil reinstaure o teto de gastos, uma regra fiscal que limitava o crescimento das despesas públicas à taxa de inflação entre 2017 e 2022. Segundo ele, essa medida é essencial para que o país volte a ter taxas de juros nominais e reais mais alinhadas com os padrões internacionais, o que ele chamou de “juros civilizados”.
Mesquita criticou a política fiscal atual do Brasil, afirmando que é uma “autoilusão” acreditar que o país pode alcançar taxas de juros mais baixas sem um controle rígido dos gastos públicos. O economista também destacou que o teto de gastos foi o único regime que permitiu ao Banco Central perseguir a meta de inflação com juros mais baixos, em linha com outros países.
O comentário foi feito durante um evento do Itaú, onde vários economistas renomados têm defendido, com tons cada vez mais urgentes, a necessidade de disciplina fiscal. Apesar de os ativos brasileiros terem se recuperado após uma onda de vendas no final de 2024, impulsionada pelo descontentamento com os cortes de gastos públicos, a preocupação com a sustentabilidade fiscal continua alta.