A Polícia Federal do Brasil acusou formalmente o ex-ministro da Justiça do país, que serviu no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, de agir para impedir que eleitores em um reduto da oposição chegassem às seções eleitorais na eleição presidencial de 2022, disseram duas fontes à Reuters na sexta-feira.
O ex-ministro Anderson Torres foi acusado de violência política ao lado do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal do Brasil, Silvinei Vasques, e outras quatro pessoas, de acordo com uma das fontes.
O canal de notícias local g1 relatou as acusações de violência política na sexta-feira.
CONTEXTO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu a eleição de 2022 em um segundo turno acirrado contra o titular de extrema direita Bolsonaro.
No dia do segundo turno, houve alegações generalizadas de que a Polícia Rodoviária Federal do Brasil bloqueou ilegalmente estradas no nordeste pobre do país, um bastião histórico de apoio a Lula. As alegações geraram temores de potencial supressão de eleitores que poderia beneficiar Bolsonaro.
POR QUE É IMPORTANTE
As acusações são a mais recente resposta a supostos esforços para impedir a transferência de poder antes e depois da votação de 2022.
Após a eleição, Torres e Vasques foram presos por supostos papéis em um ataque à Suprema Corte, ao Congresso e ao palácio presidencial por uma multidão de direita protestando contra o resultado da eleição. Bolsonaro foi proibido de ocupar o cargo até 2030 por espalhar falsidades eleitorais.
A RESPOSTA
A defesa legal de Torres disse que não comentará até ter acesso à decisão da polícia.
A defesa legal de Vasques disse que não está preocupada com a acusação, acrescentando que o caso de Vasques não se enquadra na lei que a polícia o acusa de violar.