Hospitais no Amazonas com falta de oxigênio; Reino Unido proíbe chegadas de brasileiros

Hospitais no estado do Amazonas, no norte do Brasil, irlandês sem oxigênio e feito um pedido urgente de ajuda dos Estados Unidos na quinta-feira, enquanto a Grã-Bretanha proibia recém-chegados do Brasil por temor de uma nova variante do coronavírus cultivada em casa.

Os pesquisadores disseram que a nova variante pode estar contribuindo para o aumento acentuado de casos no estado do Amazonas, embora estejam conduzindo mais estudos para verificar se é mais contagiosa do que as versões anteriores do coronavírus.

O Amazonas, onde quase 6.000 pessoas morreram de COVID-19, agora está sofrendo uma segunda onda devastadora que está levando os serviços de emergência a um ponto de ruptura.

O ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, disse que a situação em Manaus, capital do estado, é extremamente grave, com o sistema hospitalar em colapso e falta de oxigênio.

O Amazonas fez um apelo dramático aos Estados Unidos para que enviassem um avião militar de transporte para a capital Manaus com cilindros de oxigênio, disse o deputado Marcelo Ramos à Reuters.

Autoridades de saúde disseram que o suprimento de oxigênio acabou em alguns hospitais e as unidades de terapia intensiva estavam tão cheias que muitos pacientes estavam sendo transportados de avião para outros estados.

A Grã-Bretanha disse que proibirá viajantes do Brasil, de vários outros países da América do Sul e de Portugal, depois que o Japão detectou recentemente a nova variante em quatro viajantes do Amazonas. Este apresenta 12 mutações, incluindo uma também encontrada em variantes altamente infecciosas recentemente descobertas na Grã-Bretanha e na África do Sul que começaram a circular ao redor do globo.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz Amazônia afirmam que a nova variante encontrada no Japão provavelmente apareceu no norte do Brasil entre dezembro e janeiro.

PRESSÃO DE MONTAGEM

Mesmo assim, Jarbas Barbosa, diretor-assistente da Organização Pan-Americana da Saúde, não estava pronto para atribuir o aumento de infecções no Amazonas à nova variante.

“Está acontecendo também em diversas cidades e estados, provavelmente por conta dos feriados, do verão, com mais viagens e saídas de gente, e do relaxamento das medidas de distanciamento social”, disse Barbosa.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi criticado por minimizar a gravidade do segundo surto de COVID-19 mais letal do mundo, e a pressão está aumentando para começar a vacinação, já que uma segunda onda de infecções supera a primeira.

O chefe da associação nacional de prefeitos disse que o país pretende começar a vacinação COVID-19 em todo o país em 20 de janeiro.

“Se não for no dia 20, por qualquer problema logístico, será na quinta-feira, 21”, disse Jonas Donizette em um comunicado. “As inoculações começarão com 8 milhões de doses, distribuídas para 5 milhões de brasileiros.”

O governo está planejando uma cerimônia em 19 de janeiro para marcar o início das vacinas, segundo uma fonte envolvida no plano.

Duas vacinas - uma feita pela AstraZeneca Plc e outra desenvolvida pela Sinovac Biotech da China - formarão a base do plano de vacinação do governo. Ambos solicitaram uso emergencial no Brasil, com a agência reguladora de saúde Anvisa esperando para decidir no domingo se vai autorizá-los.

A Anvisa afirmou que pediu informações em falta aos centros biomédicos brasileiros que têm parceria com os desenvolvedores das vacinas, Fiocruz e Butantan. No caso do Butantan, a Anvisa solicitou dados adicionais de eficácia dos ensaios de Fase III da vacina chinesa feitos no Brasil.