Itália trabalha para criar único de banda larga independente da TIM

O governo da Itália está estudando um plano para criar uma única rede de banda larga ultrarrápida que inicialmente poderia ser de propriedade majoritária da Telecom Italia (TIM), mas concederia acesso igual a todos os participantes do mercado, uma pessoa próxima ao assunto. Roma está tentando intermediar um acordo entre o antigo monopólio telefônico TIM e a Open Fiber, controlada pela concessionária Enel e pelo CDP, para mesclar seus ativos de fibra e criar um campeão nacional.

Porém, diferenças em questões como governança e regulamentação criaram um impasse.

A TIM, que tem um braço de varejo e atacado, disse repetidamente que deseja manter o controle de qualquer entidade resultante da fusão com a Open Fiber, enquanto as regulamentações européias favorecem a adoção de um modelo não verticalmente integrado fora do controle da TIM.

Para encerrar o impasse, o ministro da Economia, Roberto Gualtieri, pediu à TIM e à Enel que assinassem um Memorando de Entendimento (MOU) até o final de julho, informou a Reuters em 11 de julho.

A governança da futura rede única deve ser estruturada para garantir “sua independência do titular”, disse a fonte pedindo para não ser identificada devido à sensibilidade do assunto.

A fonte disse que Roma estava recorrendo ao modelo Openreach usado no Reino Unido, mantendo ao mesmo tempo a estrutura de propriedade da rede aberta a outras operadoras.

“Os próximos dias serão cruciais”, disse a fonte.

A Openreach é uma subsidiária da BT que administra a rede de banda larga nacional da Grã-Bretanha como uma entidade legalmente separada. A BT e rivais como Sky e TalkTalk usam suas linhas para fornecer banda larga a seus clientes.

Segundo a proposta do governo, ainda a ser finalizada, outras operadoras de telefonia seriam convidadas a investir na rede única, disse a fonte, acrescentando que a TIM estava pronta para aceitar essa condição.

Roma aumentou a pressão para criar uma única rede depois que a TIM iniciou negociações com o fundo de private equity dos EUA KKR sobre a venda de 40% de sua rede secundária ou de última milha, de cobre e fibra, que pode se tornar o embrião de uma única rede.

Uma segunda fonte, também pedindo para não ser identificada, disse que uma oferta vinculativa da KKR pode chegar já nesta semana.

O Tesouro, TIM, Enel e KKR se recusaram a comentar.