LATAM Airlines espera lucro recorde e maior tráfego em 2024

A LATAM Airlines projetou na quinta-feira lucro recorde para o próximo ano, entre US$ 2,6 bilhões e US$ 2,9 bilhões, à medida que o número de passageiros cresce e reduz sua carga de dívida após sair da falência no ano passado.

Os lucros recordes esperados, medidos em lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou aluguer (EBITDAR), superariam o máximo esperado para este ano de 2,5 mil milhões de dólares.

“Saudamos o anúncio de hoje, que deve ser bem recebido pelo mercado”, disseram analistas do J.P. Morgan em nota aos clientes.

A companhia aérea também espera um crescimento de passageiros entre 12% e 14% no próximo ano, superando a taxa de crescimento de 2019 no primeiro trimestre e estima receitas de 12,4 mil milhões de dólares a 12,8 mil milhões de dólares.

O crescimento de passageiros, medido pela métrica de assentos-quilômetro disponíveis, também deverá aumentar entre 7% e 9% no mercado interno do Brasil, acrescentou a transportadora.

As subsidiárias de carga do grupo esperam um crescimento entre 10% a 12% em suas operações, medido em toneladas-quilômetro disponíveis, no próximo ano.

A LATAM também estima que encerrará 2024 com alavancagem líquida entre 1,8 e 2,0 vezes, “o que representa uma redução aproximada de 50% do seu nível de alavancagem após a sua saída bem-sucedida do processo de reestruturação do Capítulo 11”, afirmou a transportadora em comunicado.

A companhia aérea também espera terminar 2024 com entre 2,8 mil milhões de dólares e 3,0 mil milhões de dólares em liquidez, “além de manter a sua sólida estrutura de capital”, afirmou.

No final do ano passado, a LATAM saiu do processo de falência relacionado à pandemia com um plano de reorganização de US$ 8 bilhões.

Antes da falência, a LATAM, com sede no Chile, também negociava American Depository Receipts (ADRs) na Bolsa de Valores de Nova York.

A intenção da empresa de voltar a listar em Nova Iorque “deve ser outro gatilho relevante para estimular a atenção dos investidores estrangeiros”, disseram os analistas da J.P. Morgan, “embora o momento ainda seja incerto”.