Com a nova administração de Donald Trump prestes a abrir as portas para um período de expansão no universo das criptomoedas, uma análise recente da Reuters traz à tona um dado curioso: poucos membros do novo Congresso estão investidos nesse mercado. O presidente assinou uma ordem para criar um grupo de trabalho focado em criptomoedas e até lançou um novo token de cripto, mas a adesão dos legisladores a esses ativos digitais é bem tímida.
De acordo com as divulgações financeiras mais recentes dos 535 novos membros do Congresso, apenas 13 – ou menos de 3% – possuem investimentos diretos em criptomoedas. Isso inclui tanto membros da Câmara dos Representantes quanto do Senado. Para complicar ainda mais, apenas os cônjuges de alguns legisladores estão envolvidos nesse universo: um tem bitcoin e outro possui um acordo que pode envolver criptomoedas.
É um número bem abaixo do que se poderia imaginar, especialmente considerando que, de acordo com uma pesquisa da Pew Research, cerca de um em cada cinco americanos já investiu, negociou ou usou criptomoedas.
Embora os membros do Congresso tenham um patrimônio líquido consideravelmente maior que a média da população, a falta de investimentos em criptomoedas indica uma abordagem cautelosa. Entre os que têm participação, os valores são relativamente modestos.
O senador Dave McCormick, ex-executivo de hedge funds, é a exceção, possuindo até US$ 5 milhões em um fundo de bitcoin. O valor total em criptomoedas de todos os outros 12 legisladores varia entre US$ 1,1 milhão e US$ 2,6 milhões, o que representa apenas uma fração de suas riquezas individuais. Por sua vez, o vice-presidente J.D. Vance relatou possuir criptomoedas na faixa de US$ 250.001 a US$ 500.000.
Essa postura dos legisladores contrasta com a expectativa de que a era Trump possa impulsionar a aceitação e o investimento em criptomoedas. A cautela observada no Congresso reflete a incerteza regulatória e o receio que muitos ainda sentem em relação a esse mercado. Será que, ao longo do tempo, a aceitação das criptos irá aumentar entre os legisladores? Ou eles continuarão hesitantes enquanto o novo grupo de trabalho busca estabelecer uma estrutura regulatória clara? Acompanhemos as próximas movimentações!