Lula do Brasil afirma não haver isenções fiscais para os ricos, promete alívio para os trabalhadores

O Brasil aumentará substancialmente as isenções de imposto de renda para pessoas físicas até o final do mandato do atual governo e não concederá incentivos fiscais para empresas que não tenham compromissos trabalhistas, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira.

Falando em um evento em São Paulo comemorativo do Dia do Trabalho, feriado nacional no país, Lula reafirmou sua promessa de campanha de aumentar as isenções de imposto de renda para aqueles que ganham até 5.000 reais (US$ 963) mensais.

“A palavra permanece”, disse ele, acrescentando que isso seria alcançado até 2026.

Durante o evento, Lula disse ainda que não haverá incentivos fiscais no Brasil “para beneficiar os ricos”, mas sim para aqueles “que trabalham e dependem de seus salários”.

Suas observações foram feitas depois que um juiz do Supremo Tribunal brasileiro suspendeu temporariamente uma lei que estendia as isenções de impostos sobre a folha de pagamento a 17 setores da economia, na sequência de um pedido do governo.

Lula, cujo veto ao projecto de lei foi derrubado pelos legisladores em Dezembro, disse que a sua administração proporciona benefícios fiscais aos pobres, mas não o poderia fazer às empresas que não se comprometessem a criar empregos ou a assegurar posições para aqueles que já estavam empregados.

O presidente aprovou na quarta-feira uma mudança que já havia sido apresentada ao Congresso em fevereiro por meio de uma ordem executiva, ampliando o limite de isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos por mês, ou 2.824 reais (US$ 544), ante 2.640 reais. reais no ano passado.

A medida implicou um impacto fiscal de 3 mil milhões de reais (577,6 milhões de dólares) para este ano, de acordo com o Ministério das Finanças, sublinhando os desafios que o presidente pode enfrentar para aumentar ainda mais o limite máximo de isenção, conforme prometido, enquanto o seu governo luta para equilibrar as contas públicas em 2024. .