O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse na terça-feira que as novas regras fiscais do governo e uma reforma tributária devem acalmar os investidores e o banco central e que há consenso sobre a urgência de aprovar ambos.
Depois de uma reunião a portas fechadas com autoridades do governo, legisladores importantes e líderes empresariais, Haddad disse a repórteres que espera que ambas as casas do Congresso aprovem as novas regras fiscais antes do segundo semestre do ano, enquanto apenas a Câmara dos Deputados provavelmente votará a reforma tributária em esse prazo.
As regras fiscais substituiriam um teto de gastos mais rígido que limita o crescimento dos gastos à taxa de inflação do ano anterior. A reforma tributária visa simplificar o código tributário, embora os detalhes permaneçam obscuros.
“Isso vai dar muita tranquilidade aos investidores, à autoridade monetária e aos ministros, para que possam trabalhar pelo bem-estar do país”, afirmou.
Haddad elogiou as discussões em torno de ambas as questões, dizendo que seu ministério até agora está confortável com o diálogo com os legisladores sobre gastos.
O projeto de lei do quadro fiscal proposto pelo Brasil deve ser votado pela Câmara dos Deputados na terça-feira, após discussões com os líderes partidários. O projeto de lei foi apresentado oficialmente na tarde de terça-feira na câmara.
Claudio Cajado, o legislador responsável pelo projeto na Câmara dos Deputados que já havia proposto endurecer as regras fiscais, disse na terça-feira que o projeto dará ao governo a possibilidade de aumentar os gastos em até 70% de qualquer aumento nas receitas fiscais , desde que não ultrapasse uma taxa de 2,5% acima da inflação do país.