O Banco Mundial reduz drasticamente a previsão de crescimento para a América Latina

O Banco Mundial fala sobre “cisnes negros” ao analisar a conjuntura global, um termo que se tornou popular quando o sistema financeiro entrou em colapso há uma década. Seis meses atrás, a agência sediada em Washington esperava que a América Latina acelerasse o crescimento neste ano. Agora, a taxa é de 0,6%, um ponto a menos que em 2017 e longe dos 1,7% projetados em junho. E adverte, também, dos riscos para o custo da dívida e a reversão dos fluxos de capital.

“Infelizmente”, começa o relatório, “a região encontrou alguns obstáculos”. Ele cita a virada inesperada na Argentina, que vai contrair 2,5% este ano, a desaceleração no Brasil, que crescerá apenas 1,2% no ano eleitoral, a deterioração da situação já crítica na Venezuela. que contrairá 18,5% - e uma piora generalizada do ambiente externo, com conseqüente queda nas vendas para o exterior. Essa soma de fatores fará com que, em suma, o crescimento da região seja finalmente menor que o previsto em 2018.