Os modelos de IA da China já estão a 90% do desempenho dos EUA, mas com uma fração do investimento, segundo analistas

Parece que a corrida da IA está a ficar mais interessante. Um estudo recente da corretora Jefferies revelou que os melhores modelos de IA da China atingiram cerca de 90% do desempenho dos modelos estado-unidenses, mas com um detalhe crucial: gastaram imensamente menos.

Os números são malucos:

Gasto de Capital (2023-2025):

EUA (AWS, Microsoft, Google, Meta): US$ 694 bilhões

China (Alibaba, Baidu, Tencent, Bytedance): US$ 124 bilhões (isso é 82% menos!)

Desempenho:

O modelo chinês líder, MiniMax M2, atingiu 90% do desempenho do GPT-5 Codex (o modelo mais avançado dos EUA na época).

Em modelos de código aberto, a China já está na frente. O MiniMax M2 marcou 106% em comparação com o principal modelo open-source dos EUA.

O segundo? Segundo a Jefferies, as empresas chinesas estão a focar numa eficiência brutal, usando inovações em arquitetura (como “mixture-of-experts”) e otimização, em vez de apenas tentar construir datacenters gigantescos.

Enquanto os EUA continuam a aumentar os gastos na perspetiva de uma AGI (IA Geral), a China está a priorizar o retorno sobre o investimento. A previsão é que o investimento chinês em IA ainda vai subir, mas a estratégia de “fazer mais com menos” parece estar a dar resultado.

Isso é um exemplo clássico de que quantidade (de dinheiro e GPUs) nem sempre é igual a qualidade ou eficiência. A abordagem chinesa em otimizar a arquitetura e focar em ROI é uma lição para o mercado.

90% do desempenho com 18% do gasto? Alguém me explica a matemática disso, porque parece que a vantagem competitiva dos EUA não é tão intransponível quanto parecia.

É basicamente eficiência.

Imagina que os EUA estão a construir um motor de foguete cada vez maior, e a China está a descobrir como fazer um motor menor e mais inteligente que quase alcança o mesmo impulso. A longo prazo, essa estratégia pode ser mais sustentável.