O peso mexicano deverá navegar entre uma economia relativamente firme, de um lado, e algumas dúvidas políticas, do outro, com uma pequena depreciação esperada no médio prazo, mostrou uma pesquisa da Reuters com especialistas em câmbio.
A moeda perdeu 1% no acumulado do ano, uma pequena queda dada a lista de factores negativos que enfrenta, como o atraso no início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e a maior volatilidade global devido às tensões elevadas no Médio Oriente.
Em 12 meses, a previsão é que o peso caia mais 2,6%, para 17,59 por dólar norte-americano, ante 17,13 na terça-feira, o que ainda o deixaria a uma taxa mais forte do que durante a maior parte dos últimos oito anos, de acordo com a estimativa mediana da pesquisa.
Entre os 16 entrevistados na pesquisa de 29 de abril a 1º de maio, a previsão mais fraca para a moeda mexicana em um ano foi de 18,70 por dólar e a mais forte foi de 16,60.
“O MXN teve um desempenho inferior em meio a uma retração, mas os fundamentos não mudaram e o México deve ser o maior beneficiário nos mercados emergentes do excepcionalismo dos EUA”, disse Erick Martinez, estrategista de câmbio latino-americano e taxas do Barclays.
“Os ventos favoráveis ao crescimento resultantes do apoio a amigos, das ligações estreitas com os Estados Unidos em termos do mercado de trabalho e da política monetária devem continuar a apoiar o peso… continuamos construtivos no curto prazo, pois é demasiado cedo para negociar os riscos eleitorais dos EUA.”
À medida que os especuladores cortam posições de “carry trade” ou apostas em moedas de países de mercados emergentes com taxas de juro elevadas, o peso mexicano regista perdas modestas em comparação com outros pares latino-americanos.