Petróleo recupera um fio de esperança (e alguns dólares) após notícias sobre EUA-China

Os preços do petróleo deram uma leve subida hoje, depois de terem despencado para as menores cotações em cinco meses na sexta-feira. O motivo do otimismo cauteloso? Os investidores estão especulando sobre uma possível conversa entre os presidentes dos EUA e da China, o que poderia aliviar a tensão comercial entre os dois gigantes.

Brent: Subiu 1%, para US$ 63,38 o barril.

WTI Americano: Subiu 1,1%, para US$ 59,54.

Ainda é um lenitivo depois da queda de 4% na sexta.

Outra notícia que acalmou os ânimos foi o grupo militante palestino Hamas ter libertado os últimos 20 reféns israelenses sob um acordo de trégua mediado pelos EUA. O presidente Trump chegou a declarar o “alvorecer histórico de um novo Oriente Médio”.

Um analista de energia da DBS resumiu: o tombo da semana passada foi por causa do cessar-fogo em Gaza e da volta da volatilidade comercial antes do prazo de 10 de novembro. Agora, o fundo do poço parece estar sendo evitado pela disposição de Washington e Pequim em negociar.

Contexto Extra da Treta: A tensão comercial esquentou de novo na semana passada depois que a China expandiu seus controles de exportação de terras raras. Na resposta padrão, Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre as exportações chinesas para os EUA.

1% é só o mercado tomando fôlego. Isso não é rally, é um suspiro. Acredito quando sair uma notícia concreta, não só um “talvez vão conversar”.

O fato do cessar-fogo em Gaza ter um impacto tão imediato no preço do petróleo mostra como qualquer faísca naquela região ainda é um risco sistêmico. Assustador.

Para colocar em perspectiva: o Brent estava acima de US$ 75 em abril. Estamos falando de uma queda de mais de 15% desde o pico deste ano. Essa “recuperação” de hoje é um rebote técnico mínimo.