Preços do petróleo caem com oferta dos EUA, menor demanda da China

Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira devido a temores de uma maior oferta nos EUA combinada com uma desaceleração econômica e menor demanda chinesa por combustível.

Os futuros de petróleo Brent caíram US$ 1,59, ou 1,7%, para US$ 90,03 por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) caiu US$ 2,64, ou 3,1%, para US$ 82,82 por barril.

A China, o maior importador de petróleo do mundo, atrasou indefinidamente a divulgação dos indicadores econômicos originalmente programados para serem publicados na terça-feira, indicando ao mercado que a demanda por combustível está significativamente deprimida na região.

“Não é um bom sinal quando a China decide não publicar números econômicos”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York.

A adesão da China à sua política de zero COVID continuou a aumentar as incertezas sobre o crescimento econômico do país, disse Tina Teng, analista da CMC Markets.

Os preços do petróleo também foram pressionados por relatos de que o governo dos EUA continuaria liberando petróleo bruto das reservas.

O governo Biden planeja vender petróleo da Reserva Estratégica de Petróleo em um esforço para diminuir os preços dos combustíveis antes das eleições parlamentares do próximo mês, disseram fontes à Reuters na segunda-feira.

Além disso, os estoques de petróleo bruto dos EUA devem ter subido pela segunda semana consecutiva, mostrou uma pesquisa preliminar da Reuters nesta segunda-feira.

A produção na Bacia Permiana do Texas e do Novo México, a maior bacia de óleo de xisto dos EUA, deve aumentar cerca de 50.000 barris por dia (bpd) para um recorde de 5,453 milhões de bpd este mês, disse a Energy Information Administration.

Os investidores vinham aumentando as posições compradas em futuros depois que a Opep+ concordou em reduzir a produção em 2 milhões de barris por dia, disseram analistas da ANZ Research em nota.

Vários membros do grupo de produtores de petróleo endossaram o corte depois que a Casa Branca acusou a Arábia Saudita de coagir algumas nações a apoiar a medida, uma acusação que Riad nega.