Presidente da África do Sul informa Xi sobre plano de paz entre a Rússia e a Ucrânia na África

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, informou o líder chinês Xi Jinping sobre a próxima visita de líderes africanos à Rússia e à Ucrânia em uma tentativa de encerrar as hostilidades, informou a presidência sul-africana neste sábado.

A emissora estatal chinesa informou que os dois líderes tiveram um telefonema na sexta-feira.

Em um comunicado, a presidência da África do Sul disse que Ramaphosa disse a Xi que observou o plano de paz proposto pela China e afirmou o apoio dos líderes africanos a iniciativas voltadas para uma resolução pacífica do conflito.

“O presidente Xi Jinping elogiou a iniciativa do continente africano e reconheceu o impacto que o conflito teve nas vidas humanas e na segurança alimentar na África”, disse o comunicado da presidência.

Várias propostas de paz para acabar com a guerra surgiram em diferentes capitais, pois a guerra deslocou milhões de pessoas, impulsionou os preços dos alimentos e afetou a prosperidade mundial.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, fez um grande esforço para cortejar o Sul Global, um termo usado para as regiões da América Latina, África e Ásia, no mês passado em resposta aos movimentos de paz de alguns de seus membros. A posição declarada da Ucrânia para qualquer acordo de paz é que todas as tropas russas devem se retirar de seu território.

A 16 de maio, Ramaphosa anunciou o plano de paz africano, cujos detalhes não foram divulgados. O plano de paz também é apoiado pelos líderes do Senegal, Uganda, Egito, República do Congo e Zâmbia.

Durante a teleconferência de sexta-feira, Ramaphosa e Xi também discutiram a cúpula das economias emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), que será sediada pela África do Sul em agosto.

A África do Sul disse que está considerando opções legais se o presidente russo, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão por crimes de guerra, comparecer à cúpula do BRICS.

O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado para Putin relacionado à invasão da Ucrânia pela Rússia, e a África do Sul, como membro do TPI, seria obrigada a prendê-lo se ele comparecer à cúpula em Joanesburgo.