A produção industrial no Brasil aumentou pelo quarto mês consecutivo em novembro, mostraram dados da agência de estatísticas IBGE na sexta-feira, superando as previsões do mercado, embora mantendo a tendência de registrar pequenas variações mensais.
Na maior economia da América Latina, a produção subiu 0,5% em novembro em relação a outubro, disse o IBGE, mais do que o crescimento de 0,2% esperado em uma pesquisa da Reuters e o nível mais alto para o número sequencial em seis meses.
A produção industrial no Brasil vacilou este ano e esteve praticamente estagnada desde junho, alternando entre pequenos aumentos e quedas mensais, à medida que os elevados custos dos empréstimos afetavam o setor.
O crescimento de novembro foi impulsionado pela maior produção de bens intermediários, que aumentou 1,6% em relação a outubro, compensando quedas na produção de bens de capital e duráveis.
A produção em novembro também cresceu 1,3% em relação ao ano anterior, segundo o IBGE, superando o aumento de 0,7% previsto em pesquisa da Reuters.
“Mas mesmo com o crescimento de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, a produção ainda está 0,9% abaixo dos níveis pré-pandemia e 17,6% abaixo do máximo histórico de maio de 2011”, observou o gerente de pesquisas do IBGE, André Macedo, em comunicado.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou no mês passado novas medidas para impulsionar seus planos de “reindustrialização” para o país, proporcionando às empresas benefícios fiscais para que possam comprar novas máquinas e investir em transportes.
A administração Lula comprometeu-se a impulsionar a industrialização através do incentivo a projectos “verdes”, incluindo veículos flexíveis e eléctricos, energias renováveis e biocombustíveis.