Em uma declaração que promete sacudir as esferas diplomáticas, o presidente russo Vladimir Putin comentou na sexta-feira que ele e Donald Trump deveriam se reunir para discutir a guerra na Ucrânia e os preços da energia. O interesse de Putin em encontrar Trump surge logo após a nova administração do ex-presidente ter sinalizado a urgência dessas questões.
Porém, Putin deixou claro que uma negociação de paz séria com a Ucrânia só será viável se o Ocidente pressionar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy a revogar um decreto de 2022 que proíbe diálogos diretos com a Rússia. Para ele, a remoção desse obstáculo é crucial para qualquer progresso significativo nas negociações.
O presidente russo elogiou Trump, chamando-o de “inteligente e pragmático”, e disse que não espera que o presidente dos EUA tome decisões sobre sanções que possam impactar negativamente a economia americana. Na visão de Putin, um encontro seria uma ótima oportunidade para discutir todos os temas que interessam tanto aos EUA quanto à Rússia. “Estamos prontos”, afirmou, enfatizando que a iniciativa depende agora de Washington.
A proposta chega em um momento em que Trump, recém-empossado para um segundo mandato não consecutivo, expressou seu desejo de encontrar Putin e comentou que a guerra na Ucrânia é “ridícula” e está “destruindo” a economia russa. O ex-presidente sempre manteve uma postura de querer trabalhar em conjunto com o Kremlin e recentemente reafirmou essa vontade.
Ainda assim, as negociações são complexas. Putin ressaltou que o decreto de Zelenskiy é um dos pontos que bloqueiam qualquer tipo de diálogo sério. Ele argumenta que enquanto a Ucrânia for financiada por países ocidentais, esses estados deveriam pressionar Zelenskiy a cancelar a proibição, pois sem isso, as chances de uma verdadeira negociação são remotas.
“Eu acho que, no final, aqueles que pagam o dinheiro deveriam forçá-lo a fazer isso”, disse Putin. A situação continua tensa, e os desdobramentos desse potencial encontro podem ter consequências significativas não apenas para a Ucrânia, mas para todo o cenário geopolítico. O que vocês acham? Essa reunião pode realmente levar a algum resultado positivo ou é mais uma manobra política?