Queda esperada do peso mexicano será interrompida por spread de taxa favorável

Uma queda esperada no peso do México provavelmente será amortecida por seu spread de taxa de juros favorável, embora haja uma ampla gama de pontos de vista sobre as perspectivas da moeda no próximo ano, mostrou uma pesquisa da Reuters com estrategistas cambiais.

Nesta semana, o peso estendeu uma corrida vitoriosa que começou no quarto trimestre, atingindo seus níveis mais altos em mais de sete anos, depois que o banco central sinalizou que teria que ficar em espera por mais tempo para reduzir a inflação.

A estimativa média de 19 especialistas em câmbio entrevistados de 1 a 6 de junho para o valor do peso em 12 meses foi de 18,60 por dólar americano, implicando uma perda de 6,5% em relação a 17,39 na terça-feira, mas ainda uma previsão forte e 3,5% mais firme do que no mês passado de um ano. chamar.

Foi também a melhor projeção para o período de 12 meses na história recente da pesquisa, refletindo o sentimento positivo em relação à grande margem entre a taxa de referência do México, atualmente em 11,25%, e a faixa de taxa dos fundos federais dos EUA de 5,00% a 5,25%.

No entanto, há visões cada vez mais divergentes sobre as perspectivas para a moeda, já que a diferença entre as previsões mais altas e mais baixas aumentou ainda mais, para 20,85-16,58 pesos neste mês, de 20,73-17,10 em maio.

Os otimistas continuam aumentando suas apostas nas taxas elevadas do México, enquanto os céticos temem possíveis contratempos de estratégias que negligenciam a alta dependência do país do crescimento inexpressivo dos EUA.

“O câmbio latino-americano tem negociado normalmente como em tempos normais, exibindo uma baixa volatilidade. No entanto, um choque de risco pode deteriorar drasticamente o carry-to-risk”, escreveram analistas do BofA, que tinham uma das previsões mais fracas, em um relatório no último semana.

“Isso é particularmente difícil para o MXN, cuja volatilidade é a mais moderada, apesar de sua indiscutivelmente maior sensibilidade aos choques de risco impulsionados pelos EUA.”

No Brasil, o real deve cair 4,5% em um ano, para 5,14 por dólar norte-americano, de 4,91 esta semana. No entanto, a estimativa de consenso foi a mesma da última pesquisa, mostrando pouca mudança nas percepções dos investidores.

A relativa estabilidade da moeda está enraizada em uma visão geral de que o banco central em breve será capaz de orquestrar um ciclo suave de política de flexibilização que satisfará tanto os ansiosos mercados financeiros quanto um governo empenhado em reacender a economia.

No acumulado do ano, o peso mexicano subiu 12%, tornando-se o queridinho dos negociantes de moeda. O real subiu 7,7%, confundindo os detratores que o viram cair no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.