Raízen e BYD da China construirão rede de estações de carregamento de veículos elétricos no Brasil

A empresa de açúcar e etanol Raízen e a montadora chinesa BYD (SZ:002594) estão unindo forças para criar uma rede de 600 estações de recarga para veículos elétricos (VEs) em oito cidades brasileiras, disseram as empresas na sexta-feira.

As empresas pretendem satisfazer a procura esperada de infraestruturas de carregamento num mercado pequeno, mas em rápido crescimento.

Os pontos de recarga serão instalados sob a marca Shell (LON:SHEL) Recharge nos próximos três anos em São Paulo, Rio de Janeiro e outras seis capitais. A Shell e o conglomerado Cosan (NYSE:CZZ) controlam a Raízen.

“O Brasil está passando por uma transição (energética) diferente de outros países, porque já tem uma solução muito boa em carros híbridos, carros a etanol. Está chegando, vai acontecer”, disse o presidente-executivo da Raízen, Ricardo Mussa, à Reuters.

A Raízen, que também atua no setor de distribuição de combustíveis, tem como objetivo conquistar 25% de participação de mercado no segmento de postos de recarga. Por meio de sua subsidiária Raízen Power, já havia adquirido anteriormente uma rede de pontos de recarga da startup Tupinamba.

“Para nós, ser pioneiro é muito importante… Este mercado é parte fundamental da nossa estratégia de crescimento”, disse Mussa.

No ano passado, as vendas de veículos elétricos na maior economia da América Latina aumentaram 91% em relação a 2022, para cerca de 94.000 veículos, com as vendas da BYD representando 18.000 desses carros.

Alexandre Baldy, assessor especial da BYD no Brasil, disse que o acordo chega em um momento “estratégico” para a montadora, que deve começar a produzir no país ainda este ano.

“Será muito importante, culturalmente, mostrar às pessoas que esse investimento vai acontecer… A BYD escolheu o Brasil como o segundo país do mundo para investir, para crescer”, disse Baldy.