A Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, lançou no sábado um novo esforço com os governos da bacia amazônica (NASDAQ:AMZN) para interromper as finanças ilícitas que alimentam crimes contra a natureza, incluindo a colheita ilegal de árvores e outras plantas, minerais e vida selvagem.
Yellen disse que a iniciativa visa aumentar a cooperação entre os ministérios das finanças, agências de aplicação da lei e outras entidades do Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Estados Unidos, para melhorar o treinamento para detectar redes de finanças ilícitas operando na região.
Os esforços podem levar a sanções aos grupos responsáveis, cortando-os do sistema financeiro baseado em dólar, disse Yellen ao anunciar a colaboração em Belém, cidade de entrada da Amazônia brasileira que sediará a conferência climática COP 30 em 2025.
“Globalmente, estima-se que crimes contra a natureza gerem receitas na casa das centenas de bilhões de dólares anualmente e frequentemente envolvem uso indevido e abuso do sistema financeiro dos EUA”, disse Yellen, acrescentando que esse tráfico está perturbando o equilíbrio ecológico da floresta amazônica, os meios de subsistência das comunidades locais e as economias nacionais na região.
A Iniciativa da Região Amazônica Contra Finanças Ilícitas buscará impulsionar o treinamento, a cooperação e o compartilhamento de informações para permitir que as agências de aplicação da lei e financeiras realizem investigações de lavagem de dinheiro contra organizações criminosas transnacionais, cartéis de drogas e outros grupos.
Os EUA e o Brasil organizarão uma reunião regional nos próximos meses para definir prioridades para o grupo e o Tesouro organizará sessões de treinamento “follow-the-money” para impulsionar as capacidades dos investigadores, disse Yellen.
O Tesouro dos EUA também realizará investigações conjuntas com os países participantes contra grupos por trás de crimes contra a natureza.
Yellen disse que o Tesouro “não tem ilusões sobre o desafio que enfrentamos. Há muito mais trabalho a ser feito”.
“Mas reforçar a coordenação entre os Estados Unidos e nossos parceiros regionais ajudará a proteger a integridade do sistema financeiro internacional, ao mesmo tempo em que mira uma grande ameaça à biodiversidade”, acrescentou.